Ô, Viva, ô, viva
Ô viva Cosme Damião
Ô Viva
Cosme Damião meu pai
Vós me deis licença
A casa pode, meu pai
O terreiro aguenta seus filhos
Deú não é menino
Que se engana com tostão
Deú não é menino
Que se engana com tostão
Só lembra de Deú na hora da precisão
Só lembra de Deú na hora da precisão
Dois-Dois não é meu
Dois-Dois é de titia
Dois-Dois não é meu
Dois-Dois é de titia
É pra pagar a língua dela
Que falava todo dia
São Dois viajeiro
Que viaja no mar
São Dois viajeiro
Que viaja no mar
A barca virou, pesou
Dois-Dois quer nadar
A barca virou, pesou
Dois-Dois quer nadar
Dois, Dois, Dois, ‘Taliano
É Dois, é Dois, é Dois, ‘Taliano
Cosme e Damião
Hoje é seu dia
Ele é devoto
Da Virgem Santa Maria
Dois-Dois não brinca
Dois-Dois não erra
Só entra no terreiro
Com seu batalhão de guerra
A pancada do tambor
Abalou meu coração
Abala mas não abala
Viva Cosme Damião
Dois-Dois quer mel
Dois-Dois quer cabacinha
Dois-Dois quer vadiar
Com essas duas criancinhas
Essas duas criancinhas
Um é Página Inicialm outra é mulher
Dois-Dois quer vadiar
Com a cabaça de mel
Ô Cosme Damião, mas cadê Deú
Cosme Damião com todos seus orixás
Ô Cosme Damião, ô viajou por água
No som dessa corneta, todos dois, nadava
Dois-Dois é rosa
É sucena, é sucena
É a flor cheirosa
Cosme Damião
A sua casa cheira
Cheira a cravo e rosa
Cheira à flor da laranjeira
Cosme e Damião que hora você chegou
Cheguei de madrugada depois que o galo cantou
Depois que o galo cantou nessa mesma ocasião
Vamos dar viva louvores São Cosme e São Damião
Dois Dois olha o presente
que eu aqui vim lhe trazer
Cariru com vatapá
e azeite de dendê
Ô Cosme, ô Cosme
Ô Damião mandou chamar
Ô chama ele
Na carreira
Pra vir brincar com Iemanjá
São Cosme, São Damião
Vieram de beira mar
Ajuda o dono da casa em primeiro lugar
Ajuda eu, São Cosme
Ajuda eu, sambar
Cosme veste verde
Damião veste azul
Santa Bárbara veste branco
Na hora do cariru
Cosme e Damião eu já matei galinha
Cosme e Damião eu já matei peru
Cosme e Damião já comeram tudo
Cosme e Damião, não deixei nada pra tu
Cosme e Damião
são dois menino pequenininho
No dia da festa dele
Deixou Damião sozinho
Ai meu Deus
Que dor no meu coração
Cosme veio pro samba
E não trouxe Damião
E a barquinha de Dois-Dois remou
E a barquinha de Dois-Dois remar
E a barquinha de Dois-Dois remou
E a barquinha de Dois-Dois remou no mar
Papai me mande um balão
com todas as crianças que tem lá no céu
Tem doce papai
Tem doce mamãe
Tem doce no meu jardim
Ê, Cosme Damião chegou
Ê, Cosme Damião chegou
Cosme bate caixa, Damião bate tambor
Cosme dá remédio, Damião é curador
Mas é Dois-Dois
Que ama os inocentes
Mas é Dois-Dois
Que adora o senhor
Louvado seja
São Cosme e São Damião
Os inocente é a luz do pecador
São Cosme mandou fazer
Duas camisinha azul
É uma pra festa dele
Outra pro cariru
Vadeia Cosme, vadeia
Cadê meu anel de ouro
Que eu perdi no mar azul
Quem achou foi Deú
Mãe d’Água é rica, é rica
Mãe d’Água tem cabedá
Mãe d’Água paga dinheiro
Para ver Dois-Dois vadiar
Sou menino, sou pequenino
Eu sou vadio quero vadiar
Vadeia dois dois
Que a casa é sua
Até as estrelas do céu a brilhar
Ê vem Cosme, ê vem Damião
Ê vem ele com a bandeira na mão
Cadê a galinha de Dois-Dois
Tá na cozinha cozinhando
Dois-Dois é meu leá
Tá comendo a galinha e não me dá
ê vem Cosme ê vem Damião
ê vem eles com a bandeira na mão
Viva Cosme Damião
Viva com muita alegria
Ajudai nós alcançar
O outro ano neste dia
Ô, Cosme, ô, Cosme
Vamos pro lajedo
Ô, o lajedo é frio
Mas pra Cosme não faz medo
Ô meu mano adeuzim
Ô meu mano adeuzá
Eu vou embora
Pro meu canzuá
Até amanhã, se Deus quiser
Até outra hora, se eu aqui vier
Cosme Damião
Vem comer seu cariru
É de todo ano
Fazer cariru pra tu
Vinte e sete de setembro
Cosme Damião e Deú
Até os peixe das água
Comeu o seu caruru
Ô Cosme Damião
Eu já comi seu vatapá
Quero que me dê
O salão pra vadiar
Ô é de um a um
É de dois a dois
Ô Cosme Damião
Ele é Dois Dois
Tapuinha veio, veio vadiar
Tapuinha veio, veio vadiar
Ô ela só deve vir
Tapuia do forte do mar
Ô ela só deve vir
Tapuia do forte do mar
Tapuinha menina, tá de viagem
Tá de viagem, vai viajar
O pai, o pai
O pai amado
Quem tem pai tem tudo
Quem não tem pai tem nada
Meus caboclinhos
Vamos embora
Pra nossa aldeia
Onde nós mora
Pisa no massapê, escorrega
Quem não sabe andar escorrega
Ô quebra cabaça, machuca semente
Chegou o povo que fala da gente
A língua que fala o que não vê
Merece fritar no dendê
A língua que fala o que não é
Merece cortar pelo pé
Pisa, caboclo, que eu gostei de ver pisar
A pisada do caboclo faz a areia esparramar
Pisa caboclo, não me atrapalha
Deixa eu comer
Deixa eu beber minha sapucaia
Minha sapucaia é de Aruanda
Não tem mestre que não coma
Que não beba e que não caia
Sou eu que me deito tarde
Sou eu que acordo cedo
Sou eu que ando jurado
De jura eu não tenho medo